Boia que facilita sinal da internet e chip para ser usado em Vênus vencem desafio da Nasa, em Feira de Santana

22/10/2019, 18:2h | Foto: Adriele Mercês

Um sistema de boias autônoma que replica sinal da internet em alto mar, que vai de um continente a outro e que derruba o custo desta plataforma. Um chip mecânico, e não eletrônico, que suporta as adversidades da superfície de Vênus.

São ideias consideradas exequíveis que venceram a edição de Feira de Santana do Space Apps Challenge, desafio global realizado pela Nasa, a agência espacial estadunidense, que aconteceu no final de semana passado na Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC). O evento, que contou com o apoio da Prefeitura, através da Fundação Egberto Costa, também foi prestigiado pelo prefeito Colbert Martins Filho. 

Para Monique Pestana, que compôs a equipe Core, que terminou a maratona em primeiro lugar, o hackton foi ao mesmo tempo desafiador e divertido. “A pressão em tempo integral, bem como a apresentação são desafiadoras”.

A estudante de sistema da informação foi a escolhida para apresentar o projeto à banca. “Sabia que um desliza colocaria tudo a perder. Mas deu tudo certo”. Monique disse que vai participar de outras maratonas deste tipo – o da Nasa foi a sua estreia.

Vê potencial no seu projeto para resolver este problema de comunicação, principalmente no tocante ao barateamento. “Estimamos que 45 boias seriam suficiente para cobrir a rota Salvador e Cabo Verde”.

Este tipo de comunicação via satélite custaria aproximadamente 50 milhões de dólares, segundo estimativa feita pela equipe – os outros componentes foram Silas Leal, Daniel Fonseca e João Pedro. Foram premiados com o smartphone, cada.

O feirense Sérgio Jaca, que formou a equipe Automato, que ficou em segundo lugar, também disse que o hackathon é desafiador – interessante e desgastante. “Mas é um espaço onde se aprende bastante. Força os participantes a pensar”.

O chip terá que suportar a alta temperatura de Vênus, o segundo planeta mais próximo do sol, onde a média chega a 450 graus centígrados e a pressão atmosférica que é 92 vezes maior do que a da terra.

 

“É um ambiente onde todas as experiências são válidas, onde a gente conversa muito e exercita a mente”, diz Sérgio Jaca. Os outros companheiros foram Milena, Pedro, Mateus e Adilson.

 

As duas equipes se voltam para a gravação do seus projetos, em inglês, que serão enviados à fase mundial da maratona. E torcem, juntas, para que pelo menos uma seja escolhida entre as duas primeiras.  

 



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