Mesmo com redução de casos, Feira segue monitorando as arboviroses com ações de combate ao aedes

Feira de Santana registrou uma expressiva redução nos casos de dengue nos quatro primeiros meses deste ano. De janeiro a abril, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) notificou 825 casos suspeitos da doença, com 102 confirmações — sendo 13 classificados com sinais de alarme. Os dados representam uma queda de 97,5% entre os quatro primeiros meses do ano.
Apesar da diminuição, a Prefeitura segue em estado de alerta, mantendo ações contínuas de prevenção e controle do Aedes aegypti em todo o município.
A partir da próxima semana, a SMS vai começar a instalar as ovitrampas - armadilhas que capturam ovos do Aedes aegypti. Isso permitirá mapear com mais precisão os locais de maior índice de infestação, começando pelos bairros Alto do Papagaio e Parque Ipê.
O trabalho de monitoramento na cidade envolve a atuação diária dos agentes de combate às endemias, com visitas domiciliares, identificando possíveis focos de proliferação do mosquito com aplicação de inseticidas e larvicida.
Além disso, ações educativas em escolas, unidades de saúde e nas comunidades. Essas atividades têm como foco a orientação da população sobre como evitar criadouros e reforçar os cuidados em casa.
VACINAÇÃO ANTECIPADA
O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos, aponta que a redução de casos se deve também a estratégia do município em se antecipar ao aumento esperado de casos, iniciando já em janeiro a vacinação contra a dengue em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
A campanha foi ampliada para áreas rurais por meio de equipes volantes, garantindo o acesso ao imunizante em povoados e localidades mais distantes.
“A vacina reduz em até 90% o risco de agravamento e óbito. É um ato de proteção individual que tem impacto coletivo. Quando uma pessoa vacinada é picada, ela quebra o ciclo de transmissão do vírus”, afirma o titular da pasta.
Paralelo à vacinação, em parceria com a Secretaria de Serviços Públicos, foram realizados mutirões de limpeza nas áreas ao entorno das unidades de saúde com a remoção de entulhos e materiais que poderiam servir de criadouro para o mosquito.
“Essa ainda é uma doença que mata, e mata muito no Brasil. Portanto é fundamental o engajamento de todos. A participação da população é decisiva para vencermos a dengue”, ressalta Rodrigo Matos.