Saúde promove rodas de conversa para garantir acolhimento humanizado a pessoas com doença falciforme

Com o objetivo de oferecer um acolhimento mais humanizado a pessoas com doença falciforme, a Secretaria Municipal de Saúde iniciou rodas de conversa com as equipes das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e policlínicas — unidades voltadas para atendimentos de urgência e emergência. Esse serviço já foi levado às duas UPAS [Mangabeira e Queimadinha] e a Policlínica da Rua Nova.
A proposta é sensibilizar os profissionais de saúde sobre as particularidades dessas pessoas e a importância de um olhar mais atento e acolhedor durante o atendimento.
“Entendemos que esse paciente precisa ser abraçado em toda a rede e não somente no programa municipal. É fundamental que as equipes compreendam o perfil deles e saibam como acolhê-los da melhor forma”, explicou a coordenadora de policlínicas e UPAs, enfermeira Vanessa Braga.
Ela destaca que, por se tratar de uma condição crônica e dolorosa, as pessoas com doença falciforme exigem atenção especial, especialmente em contextos de urgência.
“Como o atendimento nesses locais costuma ser mais rápido, a equipe às vezes não consegue mensurar e nem compreender a dor que eles sentem”, pontua Vanessa Braga.
A doença falciforme é hereditária, não tem cura e é caracterizada pela alteração genética da hemoglobina. Os sintomas incluem dores intensas pelo corpo, feridas crônicas, icterícia e complicações como o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Na Bahia, estima-se que para cada 650 nascidos vivos, um tenha a doença falciforme e, a cada 17 um nasça com o traço.
Em Feira de Santana, o atendimento especializado e gratuito de apoio à pessoa com doença falciforme funciona na rua Estados Unidos, nº 51, no Centro.