FEIRA EM HISTÓRIA: Joia da Princesa completa 52 anos nesta terça-feira

13/11/2018, 9:6h |

Até a metade dos anos sessenta, o Fluminense já como clube profissional e a Liga Feirense com seus filiados amadores, desenvolviam suas programações esportivas no estádio que o prefeito Almáchio Boaventura havia construído no início dos anos cinqüenta e que a câmara municipal batizou com seu nome.

No Estádio Almachio Boaventura grandes clubes brasileiros se exibiram para os desportistas feirenses. Entre eles, pela ordem, Madureira do Rio (1955), Botafogo do Rio (1956), Bangu, Flamengo do Rio, Atlético Mineiro, Sport do Recife (1957), Fluminense do Rio e Corinthians de São Paulo (1958), Cruzeiro de Minas (1959). O Rosário Central da Argentina também se apresentou no velho estádio em 1957.

Em 1966, na mesma área do “Almachio Boaventura”, entre os bairros Sobradinho e Cruzeiro foi construído o novo estádio, logo na inauguração carinhosamente chamado “Joia da Princesa”.

Inauguração em 13 de novembro de 1966

Sua inauguração foi na tarde de domingo, dia 13 de novembro de 1966 pelo prefeito Joselito Amorim (foto). 

Além dos componentes indispensáveis numa praça para a prática do esporte das multidões, o prefeito construiu quatro lances de arquibancadas.

Um localizado nas gerais do lado  do Sobradinho e mais três dando frente para as gerais e já na área do bairro Cruzeiro, assim distribuídos:

No lance  central as cadeiras numeradas protegidas por alambrados, tendo à direita o lance de arquibancada destinado à torcida do Fluminense e o da esquerda para torcida visitante. Em 1967 quando o Bahia de Feira ingressou no profissionalismo passou a ser ocupado pelos torcedores do “bicho papão”.

A festa de inauguração foi com os portões abertos, tendo como atração o Clube de Regatas Vasco da Gama, único grande clube do futebol carioca que faltava vir a Feira.
O  amistoso inaugural agradou o grande público presente.

O Vasco venceu a partida pelo placar de 1 a 0, gol contra do zagueiro Val, um dos maiores craques da história do Fluminense.

O Fluminense enfrentou a equipe vascaína com a seguinte escalação:
Mumdinho, Djalma, Onça, Val e Carlinhos; Chinezinho (Ubaldo) e Paulo Choco (Dequinha); Veraldo, Renato (Nona), Almeida (Ivan) e Neves.

Antes do embate principal e dos discursos, o público foi brindado com uma preliminar cheia de gols. 

Um time misto de amadores e juvenis do Fluminense, enfrentou  o Botafogo do saudoso Manuel de Emilia. O combinado tricolor venceu pelo placar de 5 a 0, gols assinalados por Pinheirinho de Xique Xique (3 vezes) e Coelho da Discolândia (2 vezes).

AS MELHORIAS

Na noite de terça-feira, 4 de abril do ano seguinte, outra festa no estádio Jóia da  Princesa, marcando a inauguração dos refletores.

O clube convidado foi o Flamengo do Rio, que venceu pelo placar de 2 a 1, e o gol do Fluminense foi contra, marcado por Leon, do Flamengo.

Naquele amistoso o Fluminense assim se apresentou: Mundinho, Misael, Onça, Val e Noroel: Chinezinho e Zequinha; Veraldo (Pinheirinho), Nona, Ivan e Neves.
Prefeito do município, assim que tomou posse em 7 de abril de 1967 João Durval logo tratou de introduzir melhorias no Jóia

Entre elas, novos lances de arquibancadas circundando o campo, deixando apenas a ferradura dando frente para a Rua Gonçalo Alves.

Nos anos setenta o prefeito Colbert Martins dotou o estádio de novos e modernos refletores, inaugurados com o jogo Fluminense  x Botafogo do Rio que terminou em 1 a 1.

Nos anos oitenta, como governador do Estado, novas melhorias introduzidas por João Durval, entre elas o fechamento da ferradura.

Ao longo do tempo foram muitas as melhorias introduzidas no estádio ainda hoje conhecido como Joia da Princesa, mas oficialmente batizado “Estádio Alberto Oliveira”, homenageando um dos mais destacados desportistas da Feira da Santana. (Por: Adilson Simas)

 

 



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