Grupo de atletas autistas supera as limitações da doença e é aprovado em exame de faixa de Karatê

6/2/2020, 20:50h | Foto: ACM

Eles ingressaram no esporte há dois anos, atraídos por um programa pioneiro na cidade, coordenado pelo professor de Karatê Oldac Araújo, da academia Asteka.

Oriundos do Instituto Família Azul, como são conhecidas as pessoas acometidas do Transtorno do Espectro Autista, os vinte e cinco alunos admitidos no programa têm entre quatro e quinze anos de idade.

O karatê foi a alternativa encontrada pelos familiares para reduzir os sintomas da doença, que provoca distúrbios no neorodesenvolvimento, caracterizados, principalmente, por dificuldades de interação e comunicação social.

O esporte funciona, neste caso, como uma terapia comportamental, oferecendo os pilares de apoio ao desenvolvimento e a aprendizagem.

"Foi uma vitória"


 

"Quando ele chegou aqui, chorava, batia, ficava pulando. Hoje, se tornou uma pessoa calma, obedece aos comandos, consegue se concentrar mais. Foi uma vitória", comemora Arlene Almeida dos Santos, mãe de Marcos Vinícius.

O professor Oldac Araújo conta que o programa foi uma bem sucedida experiência, "porque as dificuldades de socialização deles é muito grande. O karatê tem influenciado na mudança comportamental, abrangendo o aspecto físico e a coordenação psicomotora destes alunos".

Os alunos foram submetidos a um teste de conhecimentos e habilidades técnicas por uma banca examinadora e promovidos  a faixa amarela, a primeira das sete graduações até atingir a faixa preta . 

A entrega das faixas e diplomas, ocorrida na tarde desta quinta-feira,6, na Academia Asteka, foi prestigiada  pelo prefeito Colbert Martins Filho, praticante do esporte; a primeira dama, Adenilda Martins, o secretário de Desenvolvimento Social, Pablo Roberto Gonçalves, e familiares dos alunos.