FEIRA EM HISTÓRIA: Os melhores do rádio feirense de 1963

30/12/2019, 9:10h |

Na sua primeira edição de janeiro, o jornal Folha do Norte, através da coluna “Tudo é Rádio”, publicou como fazia anualmente, os melhores do rádio feirense de 1963. Passados 56 anos, mais de meio século, vale apenas lembrar os vencedores de uma época em que mesmo tendo apenas duas emissoras – Sociedade e Cultura, era intenso o movimento radiofônico da cidade (Adilson Simas). 
 
O melhor locutor,  pela impecável dicção e boa voz, o escolhido foi José Silva, tido como o metralha da Rádio Sociedade.
 
O melhor animador ganhou Iberlúcio Souza, também conhecido como “o homem das mil vozes na radiofonia feirense, com o  programa Turbilhão de Atrações”. 
 
 A melhor produção foi ganhador o programa “Se a Cidade Contasse”, produzido e apresentado por José Silva e Lucílio Bastos. 
 
O melhor programa sertanejo foi “Paisagens do Nordeste”, apresentado por Nestor Peixoto, que se identificava como “Coronel Zé Pimenta”. 
 
O melhor sonoplasta foi Raimundo Simões da Rádio Cultura. A coluna destaca a existência de grandes sonoplastas, citando Filemon Carvalho, Luiz Soares, Ubaldo Miranda, Julinho Soares e outros.
 
O melhor rádio repórter. Venceu o radialista Lucílio Bastos, na época trabalhando na Rádio Sociedade. De acordo com a coluna “o rapaz dos óculos de lentes grossas ainda se impõe como o melhor no Rádio Reportagem”.
 
O melhor cantor. O titulo ficou com Raimundo Lopes, sempre apresentado aos ouvintes de casa e ao público do auditório, como o “cantor galã”. 
 
Recordo que no anoitecer de todos os sábados, depois da Ave Maria, a Rádio Cultura apresentava com grande audiência, o programa “Duas Vozes e um Violão”, com Raimundo Lopes e Ivanito Rocha, este, também comentarista esportivo.
 
A melhor cantora. A escolhida foi Dilma Ferreira, merecendo esse comentário da coluna: “A garotona realmente é a rainha da voz no rádio feirense”. Dilma disputou o título com Ednalva Santana, Antonieta Correia, Maria Luiza e outras.
 
A grande  revelação, Itajaí Pedra Branca. Sobre a escolha,  disse a coluna: “Itajaí Pedra Branca foi a revelação porque deixando a Cultura onde não conseguiu se projetar, foi para a R/3 e se saiu muito bem em tudo: bom locutor comercial, bom apresentador de jornais falados e excelente locutor esportivo. Siga pra frente Papudinho”.
 
Dois fatos ocorridos em 1963, um positivo, outro negativo, foram registrados na mesma coluna que escolheu os melhores do rádio naquele ano:
 
O positivo - ficou com o romancista Ciro Matos e o cineasta Olney São Paulo. Conforme a coluna, mesmo enfrentando a incredulidade, a desconfiança e a falta de ajuda de muita gente vip, os dois conseguiram emplacar o filme “Grito da Terra”. 
 
O negativo ficou com a direção da Rádio Sociedade. Segundo a coluna, na noite do dia 24 de dezembro, quando ainda faltavam 20 minutos para o início da Missa do Galo, que seria transmitida ao vivo, a emissora frustrou os ouvintes tirando do ar a novelização da vida de Cristo que estava sendo apresentada.