Oferecido pela Prefeitura, demanda por antirretrovirais de prevenção ao HIV se aproxima de 1,5 mil por ano

9/12/2019, 16:10h | Foto: Raylle Ketlly

Medida de prevenção de urgência médica à infecção pelo HIV, com o uso de antirretrovirais, os pedidos para a PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao vírus), em média diária, chega a seis pedidos no Centro de Referência Municipal IST/HIV/Aids de Feira de Santana.

As projeções indicam que anualmente a quantidade deste serviço se aproxima de 1,5 mil, por ano. O número é considerado alto pelo órgão.

“Algumas pessoas procuram o serviço não apenas uma, mas duas, três vezes ou mais, no ano”, diz a coordenadora do programa, Emanuele Jacobina. “E todas as vezes são orientadas sobre os métodos de prevenção das ISTs”. O mais eficiente deles é a camisinha. A medida é indicada sempre que houver exposição ao vírus.

Estas pessoas tiveram possível contato com o vírus durante violência sexual, relação sexual desprotegida – sem camisinha, ou acidente ocupacional – instrumentos perfurocortantes ou contato direto com sangue, por exemplo.

Mas, diz Emanuele Jacobina, a maioria revela, durante a conversa preliminar realizada pelos profissionais com as pessoas que buscam o serviço, na denominada avaliação de risco, que a relação sexual foi consentida e sem a devida proteção contra estas infecções.

São informados sobre a possibilidade de efeitos colaterais que este medicamento, os mesmos que são tomados por pessoas que estão com HIV no organismo, pode provocar. “Os retrovirais são tomados durante 28 dias, ininterruptamente e a pessoa é acompanhada durante 90 dias, com testes rápidos”.

O prefeito Colbert Martins Filho, que também é médico, destaca que o Governo Municipal não nega esforços para que todos os feirenses sejam atendidos em suas demandas de saúde. E nesta área não é diferente.

Para fazer efeito, o medicamento para a PEP deve ser tomado durante 28 dias ininterruptamente e preferencialmente iniciar o tratamento nas duas primeiras horas após a exposição ao vírus e no máximo até 72 horas após o evento. A procura, diz a coordenadora, é maior depois de festas e na segunda-feira.