Grupo Bem Viver, o "anjo da guarda" de trabalhadores lesionados tratados no Cerest

29/8/2018, 15:4h | Foto: Raylle Ketlly

Trabalhadores lesionados por esforço repetitivo e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho têm o acompanhamento do Grupo Bem Viver do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana. Semanalmente, eles participam de encontros que estimulam a participação no processo de recuperação, ajudando-os a lidar com as limitações que a doença impõe.

Frustração e desinteresse

“Eles chegam aqui sentindo muita dor física, além de situações vivenciadas por assédio moral no trabalho. O grupo terapêutico tem o objetivo de motivar esses pacientes e proporcionar uma melhora na parte emocional, os ensinando a lidar com a ansiedade, frustração, desânimo e desinteresse, para uma reintegração da melhor forma a instituição a qual trabalham”, relata a psicóloga responsável pelo grupo, Polyana Rebouças (foto).

“Lá vem a lesionada”

Paciente do Cerest há mais de oito anos, Maria da Glória (foto - recebendo a massagem), 52 anos, relata ter vivenciado momentos difíceis desde o diagnóstico da doença de Ler/Dort. “A dor começou no braço direito, depois foi se espalhando pelos dois braços e mãos. No início eu trabalhava em um período e fazia fisioterapia no outro, porém as dores foram aumentando e chegou ao ponto que qualquer movimento causava dor e choque. Eu pensei várias vezes ‘para onde eu vou?’ quando me vi numa situação sem poder trabalhar e ouvia de colegas lá vem a lesionada”, relata.

“Somos, hoje, outras pessoas”

Emocionada, Maria da Glória conta que encontrou no Cerest o apoio para lutar contra a doença. “Eu participo aqui do grupo Bem Viver e tenho o acompanhamento dos profissionais que trazem benefícios muito bons para gente. Eu louvo a Deus porque através do Cerest somos, hoje, outras pessoas”, diz, se referindo também aos colegas, pacientes do grupo.

Atividades lúdicas e massagem

Para ajudar a motivar os pacientes, o grupo desenvolve além de palestras, sessões de alongamentos, massagens, atividades lúdicas com dinâmicas, trabalhos artesanais e plantações. “Nessas atividades lúdicas eles colocam a mão na massa e se sentem valorizados”, ressalta a psicóloga.