Elevação da autoestima e integração entre as mulheres do Aviário

Saúde, autoestima e integração social. Ao finalizar mais um semestre de atividades, o Centro de Artes e Esportes Unificados – CEU do bairro Aviário proporcionou as mulheres da localidade um momento de confraternização que evidenciou os resultados do trabalho desenvolvido em uma das comunidades mais carentes do município.

As oficinas do semestre foram encerradas na quarta e quinta-feira da semana passada. Para Rosiele Alves, que participou de duas oficinas, os resultados das atividades desenvolvidas pelo CEU são visíveis. 

“Muitas mulheres aqui da comunidade tinham somente aquela mesma rotina de sempre, de dona de casa, sem atividade física ou qualquer outra coisa que desse prazer. As aulas ajudam bastante para tirar aquele foco de dentro de casa e elas se cuidarem mais”, ressaltou. 

Ações integradas

A integração da atividade física com a orientação social, que proporciona um momento de reflexão e dinâmica para os alunos, selam uma parceria entre o CEU, o Centro de Referência de Assistência Social - CRAS - e o Programa Arte de Viver, iniciativa da Fundação Cultural Egberto Costa. 

A orientadora social do CRAS, Dilza Matos, ressalta a importância do trabalho em equipe, o que resulta numa aceitação maior da comunidade. “Trabalhamos com meninas maravilhosas, mães de famílias, idosas, jovens adolescentes, de todas as idades, que tiram um tempo para vir fazer atividade física e também para participar do serviço de convivência do CRAS. Elas embarcam em todas as propostas que fazemos, o que agrega ainda mais nossa parceria, que é sempre em conjunto com a praça CEU. E estamos cheias de gás para o segundo semestre, para começar tudo de novo”, pontuou.

Reações positivas

Professora há dois anos e coordenadora esportiva da praça CEU Aviário, Daiane de Azevedo (foto) explica a necessidade de projetos como os que foram realizados no primeiro semestre na vida dos moradores do bairro. “Por se tratar de uma comunidade onde as pessoas têm diversos problemas sociais, quando elas têm acesso às aulas é como se fosse um escape, é um momento onde elas relaxam. E como a gente sabe e fala sempre, a atividade física é bom não só para o corpo mas também para a mente, e, nos relatos delas, a gente pode notar isso, as reações positivas”.

Como junho é mês do São João e de Copa do Mundo, não faltaram comidas típicas e muito verde e amarelo. O grupo confraternizou ao redor de uma mesa farta, dançou muito ao som do forró, e se divertiu com as brincadeiras organizadas, como dança das cadeiras e sorteio de balaio.  

Alunas da oficina de swing baiano mostraram resultado do trabalho de seis meses

Também foi organizada uma mostra especial com o professor do programa Arte de Viver, Bruno Ramos, e suas alunas de swing baiano. A apresentação animou o público e serviu para deixar um gostinho do que está por vir no final do ano, no encerramento do projeto.   

“Esse foi um primeiro semestre de conhecer a proposta, como é minha primeira vez na praça CEU comecei entendendo minha turma e estou muito feliz com essa galera que me acolheu de braços abertos e com o resultado que tivemos hoje. E essa foi só uma mostra do que está por vir no final do ano, com o trabalho mais agregado ao corpo a gente vai poder mostrar um pouquinho mais do que é a dança”, conta o professor.