Trabalhador acidentado em horário de almoço é orientado a procurar o Cerest

27/4/2018, 19:2h | Foto: Raylle Ketlly

Um trabalhador que sofreu acidente durante o horário de almoço pode ter direitos junto ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A dúvida foi levantada pela dona de casa Renilda Ribeiro, uma das participantes da ação desenvolvida nesta sexta-feira, 27, pelo Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), em alusão ao Dia da Segurança e Saúde do Trabalhador.

A atividade aconteceu na unidade de Saúde da Família do bairro Feira IX. Na oportunidade Renilda relatou o caso do trabalhador que teria sido atingido por uma árvore, durante o horário de almoço. A advogada do Cerest, Sheila Araújo, orientou que o acidentado procure o centro. 

“É necessário que façamos primeiro uma avaliação, onde será averiguado se a situação se enquadra como acidente de trabalho, precisamos de mais informações. Portanto o trabalhador deve comparecer ao Centro”, afirmou.

Não notificação de acidentes dificulta trabalho do órgão

A enfermeira do Cerest, Daiane Lopes [foto], explicou que casos semelhantes ao relatado pela moradora acontecem com frequência, quando alguns trabalhadores não notificam o órgão sobre acidentes ocorridos no trabalho, o que dificulta a ação do Cerest. 

“É importante que a pessoa procure saber de seus direitos e nos acione, pois vamos averiguar se o acidente tem nexo com o trabalho, se confirmado, através de nossa avaliação, o trabalhador poderá dar entrada no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ou numa ação judicial contra a empresa”, informa.

Cerest atende trabalhadores formais e informais

São assistidos pelo Cerest trabalhadores formais e informais que possuem alguma doença ocupacional ou sofreram acidente de trabalho. Para acionar o serviço, o trabalhador deve realizar agendamento e em seguida comparecer com a documentação solicitada pelo centro. “O relatório médico é um dos documentos importantes para avaliação”, ressalta a advogada.

O Cerest também realiza fiscalização de empresas, onde é averiguado o mapeamento de risco e através deste são feitas recomendações de reajustes para evitar acidentes. Após todas as orientações e realização do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), a equipe retorna a empresa para checar se as mudanças foram feitas. A equipe conta com profissionais de diversas áreas, entre esses fisioterapeuta, médico do trabalho, advogado, psicólogo, assistente social, enfermeira e técnica de enfermagem.