Protocolo internacional de triagem em urgência e emergência é aplicado no Hospital da Mulher

21/2/2018, 19:37h |

As pacientes que chegam à emergência e urgência do Hospital Inácia Pinto dos Santos, o Hospital da Mulher, contam com o serviço que garante acesso rápido ao atendimento de saúde através de protocolo internacional denominado como Triagem de Manchester, ou acolhimento com Classificação de Risco.

Priorizando o atendimento de acordo com os sinais e sintomas apresentados pela grávida após a avaliação clínica, o setor de classificação de risco do HIPS, equipamento da Prefeitura de Feira de Santana, que funciona 24 horas desde o final de 2015, selecionou no ano de 2017 aproximadamente 36.585 pacientes com maior prioridade de atendimento, representando uma média de até 100 grávidas por dia.

Esse sistema da área de saúde, criado em 1994 como forma de estabelecer consenso entre médicos e enfermeiros dos serviços de urgência, determina o atendimento de acordo com a gravidade clínica de cada paciente identificada por cinco categorias existentes com nomes, cor, definições específicas e não por ordem de chegada, norteando a tomada de decisão ao avaliar o quadro clínico.

O processo de triagem e acolhimento com Classificação de Risco é uma ação de caráter interdisciplinar e envolve diversos profissionais, a exemplo de enfermeiros e médicos obstetras. Esses profissionais acolhem as gestantes e seus familiares de forma humanizada com qualidade, compromisso, ética e eficiência seguindo protocolo do Ministério da Saúde.

Pulseiras de cor sinalizam classificação de risco

A classificação de risco é sinalizada após a avaliação feita na paciente por pulseiras de cor vermelha (emergência), laranja (muito urgente), amarela (urgente), verde (pouco urgente) ou azul (não urgente). Pacientes classificadas com a cor vermelha (emergência) necessitam de atendimento médico imediato. A classificação laranja (muito urgente) é quando o atendimento deve ser realizado em até 15 minutos. A amarela (urgente) quando o atendimento deve ser feito em até 30 minutos. A classificação verde (pouco urgente) em até 120 minutos, pois são pacientes sem risco de agravo. Já a pulseira azul estabelece que o atendimento não é prioritário ou é solicitado o encaminhamento da gestante para um Centro de Saúde.

Informações da paciente e avaliação médica definem prioridade

“Colhemos as informações das pacientes juntamente com a avaliação do profissional, o exame físico, para classificar o atendimento. Em seguida, avaliamos se ela precisa de atendimento imediato ou se é um atendimento que pode ser postergado um pouco”, afirma a enfermeira do setor, Lícia Barbosa Lopes (foto).

Em uma sala estruturada na emergência da unidade hospitalar, a enfermeira faz o acolhimento, avalia os sintomas apresentados pela gestante, afere a pressão arterial, avalia o batimento cardíaco do bebê e realiza, quando necessário, o exame do toque para saber a dilatação.

Após avaliação, a gestante recebe orientações de acordo com seu caso e se há necessidade do retorno para a unidade de atenção básica ou se a mesma necessita ser encaminhada para o atendimento médico do hospital.

Triagem proporciona resultado em tempo menor

“Seguimos um protocolo de acolhimento e de atendimentos, no qual conseguimos triar as gestantes que são prioridades para o atendimento de emergência”, ratifica a presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana (órgão mantenedor do Hospital da Mulher), Gilberte Lucas (foto). Segundo ela, através do protocolo internacional, é possível dar um resultado em um tempo mais curto e uma melhor assistência para as gestantes.

Hipertensa, gestante de 20 anos foi logo internada

A dona de casa Rosineide Pinto de Souza, 20 anos, chegou ao HIPS devido as 41 semanas de gestação. Ela, que recebeu a pulseira amarela (quadro classificado como urgente), é hipertensa e será mãe pela primeira vez de um menino. “Cheguei aqui porque já vou ter o neném, mas não senti dor nenhuma. A enfermeira viu que estou com pressão alta, avaliou os batimentos cardíacos do meu filho e me encaminhou para o atendimento médico para eu ser internada”, disse.

Pulseira verde para paciente pós-aborto, sem hemorragia

Outro exemplo de atendimento priorizado pelo setor de Emergência do Hospital da Mulher, Tayná de Oliveira de Jesus, de 22 anos, deu entrada após abortar com 3 meses de gestação. “Já passei pelo médico, vou tomar os medicamentos e fazer a curetagem”. A paciente como não teve hemorragia e estava com o colo do útero fechado, recebeu a pulseira verde (pouco urgente).