Índio que percorre o país vendendo seu artesanato está em Feira de Santana

20/10/2017, 16:51h | Foto: Jorge Magalhães

Há cerca de três anos, Jorge dos Santos, índio da etnia fulni-ô, tribo localizada em Águas Belas, zona da mata pernambucana, percorre o país vendendo produtos naturais, artesanato, apresenta rituais sagrados para o seu povo e denuncia a situação dos indígenas, quanto às políticas sociais do governo federal.

Está em Feira de Santana desde segunda-feira e embarca para Brasília na próxima semana. A sua bem equipada banca foi montada sob as árvores do início da rua Olímpio Vital, com a devida autorização da Secretaria de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, onde espera os seus clientes.

Está acompanhado por uma filha adolescente, Gisele, do filho João Miguel dos Santos e da mulher Damiana dos Santos. Entre si falam na língua na tribo, o iatê. Além da linguagem própria, os fulni-ôs se destacam pela religiosidade e respeito irrestrito aos sinais da natureza. Afirmou estar sentido por não estar participando do retiro espiritual do Ouricuri, que a sua tribo participa anualmente, de setembro a dezembro.

Disse gostar do contato direto com a natureza, onde pode fumar o seu cachimbo tranquilamente. O fumo é parte importantes nos rituais religiosos dos indígenas. É um índio que tem orgulho da sua raça. Jorge dos Santos ostenta permanentemente um cocar colorido e vários colares.

Ou se pinta, de acordo com as tradições da sua tribo. Usa produtos naturais, como urucum. É antenado com os problemas que afetam os povos indígenas do país, principalmente no tocantes as ações do governo federal. Usa as redes sociais para conversar com índios de vários estados.

 Pela primeira vez em Feira de Santana, o fulni-ô disse que ficou satisfeito com a receptividade dos feirenses. “Fomos bem acolhidos na cidade”.