Escola transforma celular em ferramenta pedagógica

19/10/2017, 18:1h | Fotos: Matheus Rocha

Estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental usaram a criatividade para resignificar o uso do celular no contexto da escola. Eles produziram vídeos abordando temas cada vez mais atuais, como homofobia, machismo, xenofobia e, também, a intolerância religiosa.

As produções foram apresentadas durante o “Educavideo: Aqui tem festival audiovisual” que premiou os melhores vídeos dirigidos pelos alunos da Escola Municipal Chico Mendes, na tarde desta quarta-feira, 18, no Teatro Ângela Oliveira, do Centro de Cultura Maestro Miro.

“A nossa proposta é resignificar o uso dos telefones, que os adolescentes usam o tempo todo. A ideia é fazê-los perceber que os celulares podem ser também ferramentas pedagógicas e de aprendizagem muito interessantes, defende a professora de Educação Física, Liamara Martfeld, que teve a iniciativa de criar o festival.

O projeto reforça duas metas que compõem o planejamento estratégico da escola, explica a diretora Anna Virgínia Félix de Araújo. "Ambas estão relacionadas à leitura, escrita e interpretação, além do ato de expressão. E, também, precisamos apresentar aos estudantes novas propostas de utilização do celular”, comenta Anna Virgínia.

“Este é o segundo ano da iniciativa. No ano passado, homenageamos os 25 anos de criação da escola. Neste ano, o nosso objetivo é discutir os preconceitos e dar voz às minorias. Acredito que a escola é o melhor lugar para incentivar o respeito às diversidades”, destacou a professora Liamara Martfeld, durante a premiação dos alunos.
 
Premiação

Em 1º lugar, com um prêmio de R$ 200,00 venceram os alunos do 7º ano A, com o vídeo “Preconceito pra quê?”; em 2º lugar, com o prêmio de R$ 150,00, os ganhadores foram os alunos do 7º ano C, com a produção “Sai pra lá preconceito”; e em 3º lugar, os ganhadores foram os alunos do 6º ano D, com o trabalho intitulado “Escola: lugar de gente!”.

O vídeo vencedor foi criado em tempo recorde - apenas um dia de produção e filmagem; e mais dois dedicados à edição, como explica Davi Cordier, membro do 7º ano A: “Tínhamos feito um vídeo, mas não aparecíamos nele. Quando descobrimos que esse era um critério de avaliação, refizemos tudo em três dias para conseguirmos concorrer. Estou muito feliz com o resultado e por termos saído vencedores da premiação”, comemora.