Professor deve ter "intencionalidade pedagógica" em sala de aula, defende especialista

19/10/2017, 14:16h | Fotos: Andreyse Porto

“Se carrega o nome 'professor' na função, é preciso ter intencionalidade pedagógica em sala de aula”. A orientação partiu da professora doutora Suzana Alves Nogueira Souza, durante palestra na manhã desta terça-feira, 17, no Centro de Cultura Maestro Miro.

A palestra marcou a abertura da Formação Continuada para Professores Auxiliares da Educação Especial – FORPRAE, cujo calendário segue até 2018. Mais de 400 professores auxiliares participam dos encontros de formação.

A professora Suzana Nogueira Souza falou sobre a relação entre o currículo escolar e a inclusão de estudantes público alvo da Educação Especial. De acordo com ela, "o professor auxiliar precisa ter práticas pedagógicas de forma intencional e eficiente a fim de contribuir para a formação do aluno. A função do professor não é apenas passar conhecimentos específicos da escola, mas construir uma formação humana, pois estas crianças precisam se sentir protagonistas na sua em sociedade”, garante.
“Historicamente a própria escolarização das pessoas com deficiência sempre teve um caráter assistencialista”, explica a professora Suzana. “Ser um professor auxiliar não é só colaborar com a assistência. Um bom professor  deve atuar como tal, investir na formação das crianças”, orienta.

Durante a FORPRAE, os professores vão discutir a função do professor auxiliar nas salas de aula. A iniciativa é da Divisão de Educação Especial e do Centro Interprofissional de Atendimento Educacional Professora Marliete Santana Bastos (InterEduc), ambas setores da Secretaria Municipal de Educação.

A solenidade contou com a apresentação cultural da psicopedagoga do InterEduc, Sheila Menezes, e dos monitores do programa Música na Escola, Daniel Souza Bento e Fredson Ribeiro.

“Fico muito feliz por termos este espaço e tempo para expormos os nossos desafios em sala de aula e aprendermos as melhores formas de resolver as dificuldades que enfrentamos”, declara Edvania Almeida de Souza, a professora auxiliar da Escola Municipal Chico Mendes. “Nosso desenvolvimento profissional e também a aprendizagem dos nossos alunos depende do nosso aprimoramento”, relata.

A professora Ana Maria Alves dos Santos e Silva, chefe da Divisão de Ensino Especial da Seduc, apresentou a programação do curso para os professores auxiliares. “Dividiremos a programação de 30 horas de carga horária entre aulas presenciais e atividades virtuais. Serão dez turmas separadas em quatro encontros e, no final, encerraremos com uma mesa redonda. A troca de experiências é um dos nossos principais objetivos”, destaca Ana Maria.