Gestor escolar é chamado a ajudar no combate à violência contra mulher

24/8/2017, 10:17h | Fotos: Andreyse Porto

Gestores escolares estão sendo conclamados a colaborar com o combate a violência contra a mulher, em Feira de Santana. Eles participaram nesta quarta-feira, 23, de palestra com esse tema, promovida o Centro de Referência da Mulher Maria Quitéria (CRMQ). O objetivo do encontro, conforme a coordenadora do órgão vinculado a Secretaria de Desenvolvimento Social, assistente social Maria Luiza Coelho, é fazer com que as escolas municipais sejam mais uma ponte para ligar as mulheres que sofram algum tipo de violência familiar a um equipamento público que possa ajudá-las. 

Maria Luiza foi a palestrante do evento, ocorrido no auditório da Escola Municipal Acioly da Silva Araújo, localizada no bairro Muchila II. Uma série de atividades ainda serão realizadas em 2017 através de parceria entre a Secretaria de Educação e o Centro de Referência Maria Quitéria. Além de discutir a violência contra a mulher, ela disse que o encontro serviu também para debater o reflexo deste problema dentro da escola, mais especificamente, na vida dos estudantes.

“Sempre que a comunidade escolar perceber ou tiver ciência de algum caso, ela pode nos procurar. No centro, prestamos atendimentos psicológico, social e pedagógico. Atuamos também no resgate da autoestima e até com apoio especializado de advogados, caso seja necessário. A nossa intenção é acolher as mulheres que sofram qualquer tipo de violência”, defende Maria Luiza.

A diretora do Departamento de Ensino da Secretaria Municipal de Educação, Jozélia Araujo, observa que a violência contra a mulher repercute também, e diretamente, na vida dos filhos. Segundo ela, o reflexo nas crianças e adolescentes que vivenciam situações dessa natureza é revelado no comportamento deles em sala de aula. “Às vezes, alguns demonstram comportamento violento ou apresentam uma baixa em seu rendimento”, diz a pedagoga.

Segundo ela, a parceria entre escolas, Seduc e o Centro Maria Quitéria visa oferecer suporte às famílias, que vivenciem este tipo de situação em seus lares. Durante a palestra, os gestores conheceram os diversos órgãos e instituições que podem ajudar na prevenção e atendimento. O principal deles é a Central de Atendimento à Mulher, para denúncias, através do número 180.

Integrado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, o CRMQ oferece uma série de atendimentos gratuitos para auxiliar as mulheres que sofram qualquer tipo de violência, desde a física, como socos, tapas e pontapés; as psicológicas como humilhações, xingamentos e chantagens; patrimoniais como a retenção ou destruição de objetos; a moral, do tipo injúria e difamação; até a violência sexual, como estupros, assédios e etc.