Memorial da Feira

Memorial da Feira apresenta coletânea poética de grandes autores feirenses

6/5/2020, 9:10h

“Raridades poéticas – A poesia de grandes nomes que escreveram a nossa história”. Este é o título do CD, lançado em 2010 pela Academia Feirense de Letras e a Fundação Cultural Egberto Costa, e que agora está sendo apresentado também no Memorial da Feira, portal mantido na internet pela Prefeitura, através da Secretaria de Comunicação Social.

O CD reúne 51 poemas de 29 poetas de Feira de Santana, entre eles nomes bastante conhecidos na história da cidade, como Aloisio Resende, Eurico Alves Boaventura, Georgina Erismann, Godofredo Filho, Salles Barbosa, Filinto Bastos e Gastão Guimarães. Há ainda um poema de Manoel Bandeira, intitulado “Escusa”, em que o grande poeta modernista responde a Eurico Alves Boaventura, que a ele dedicou o poema “Elegia a Manoel Bandeira”.

Os poemas são declamados por Eduardo Kruschewsky, Sérgio Barros, Ana Paula Vidal, Professor Custódio, Marcelo Venício, Vânia Ribeiro, Lima de Sá e Tanúrio Brito. A direção foi do escritor Eduardo Kruschewsky. A seleção dos poemas foi feita pelo pesquisador feirense Carlos Melo.

 O CD “Raridades poéticas” pode ser ouvido na seção Relíquias da Feira. O portal Memorial da Feira está no endereço www.memorialdafeira.ba.gov.br.

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Gastão Guimarães, o médico e educador que enfrentou duas epidemias em Feira

29/4/2020, 13:39h

Nas décadas de 1920 e 1930, o Brasil foi castigado por duas grandes epidemias: a de varíola e a de peste bubônica. Em Feira de Santana, na linha de frente contra essas duas doenças, estava um jovem médico, formado com apenas 21 anos, chamado Gastão Clóvis de Souza Guimarães. Mais conhecido simplesmente como Gastão Guimarães, ele atendia de graça na Santa Casa de Misericórdia, não apenas durante as epidemias, mas também ao longo de toda a sua carreira. Pagava quem podia e quem queria, ele não cobrava nem estipulava preços.

Além de médico humanitário, Gastão Guimarães destacou-se também como poeta, escritor, jornalista e educador, tendo lecionado várias disciplinas na antiga Escola Normal Rural, da qual também foi diretor, e no Ginásio Santanópolis, onde, além de ensinar, também promovia diversas atividades culturais e esportivas. Sim, porque Gastão Guimarães também foi um grande desportista: atuou como remador e goleiro em Salvador, e como treinador de basquete em Feira de Santana, responsável por dois títulos de campeonatos conquistados pela cidade.

A história de Gastão Guimarães está sendo contada em mais um vídeo exibido no Memorial da Feira, portal mantido na internet pela Prefeitura, através da Secretaria de Comunicação Social. O vídeo traz depoimentos do advogado e jornalista Helder Alencar, neto de Gastão Guimarães, do médico Geraldo Leite, velho amigo de Gastão, e de Gastão Guimarães Neto, outro descendente do grande médico e educador feirense. Traz também um trecho do poema “Subúrbios que sofrem”, de autoria de Gastão, declamado por sua filha Olga Noêmia Guimarães.

O vídeo sobre Gastão Guimarães pode ser visto na seção Personalidades da Feira. O endereço do portal Memorial da Feira na internet é www.memorialdafeira.ba.gov.br.

 

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Ângela Oliveira, a bailarina que trouxe a dança moderna para Feira de Santana

17/4/2020, 8:39h

Uma vida curta, mas suficiente para que ela deixasse um importante legado para a cultura de Feira de Santana. Assim foi a existência de Ângela Oliveira, a bailarina que introduziu, na década de 1970, a dança moderna e contemporânea na Princesa do Sertão. Ângela Oliveira formou-se na primeira turma da Faculdade de Dança da Universidade Federal da Bahia, viajou pelo mundo pesquisando sobre danças clássicas e modernas, e aplicou todo o seu conhecimento teórico e prático na cidade onde nasceu. Junto com o marido Júlio Tácio, e o irmão Luiz Augusto Oliveira, criou, em 1980 a Earte, primeira escola profissional de dança da cidade, responsável, até hoje, pela iniciação de milhares de crianças e adolescentes no balé e nas danças modernas. Ângela morreu em 1983, com apenas 30 anos de idade, num acidente de carro, juntamente com o marido. Hoje o legado de Ângela Oliveira tem continuidade com a sobrinha Manuella Oliveira, também bailarina e diretora artística da Earte.

A história de Ângela Oliveira é contada em mais um vídeo exibido no Memorial da Feira, portal mantido na Internet pela Prefeitura, através da Secretaria de Comunicação Social. Pode ser visto na seção Personalidades da Feira. O portal está no endereço www.memorialdafeira.ba.gov.br.

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O teatro amador da Feira nas décadas de 1960-1970

7/4/2020, 11:54h

Nas décadas de 1960 e 1970, Feira de Santana registrou um intenso movimento cultural, tendo como eixo o teatro amador. Eram vários grupos teatrais, formados por estudantes, bancários, comerciários, muitos dos quais viriam a se destacar, anos depois, no cenário cultural, político e jornalístico da cidade e do estado. Participaram, entre outros, desse movimento - que também representou uma resistência à ditadura militar -, jovens como o cineasta Olney São Paulo, a atriz Margarida Ribeiro, os professores Luciano Ribeiro e Hosannah Leite, o cantor e compositor Carlos Pitta, o publicitário Antonio Miranda e os jornalistas José Carlos Teixeira, Geraldo Lima e Dimas Oliveira.

A história do teatro amador de Feira de Santana, nesse período, é contada, em linhas gerais, no minidocumentário que está sendo exibido no Memorial da Feira, portal mantido na internet pela Prefeitura, através da Secretaria de Comunicação Social. Seus narradores são dois dos seus principais protagonistas: o jornalista Gildarte Ramos e sua esposa, a professora Alvaceli Ramos, ambos aposentados. Os dois se conheceram nos palcos, e se apaixonaram durante os ensaios de uma peça, em que ele fazia o papel do prefeito e ela da primeira-dama. Viriam a firmar matrimônio um ano depois, num “casamento hippie” que reuniu milhares de pessoas na Catedral de Santana e que viria a entrar na história de Feira de Santana como um dos acontecimentos mais inusitados da cidade.

O documentário “O teatro amador na Feira” pode ser visto na seção Panoramas da Feira. O portal Memorial da Feira pode acessado na internet no endereço www.memorialdafeira.ba.gov.br .

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Memorial da Feira apresenta a primeira foto de Feira de Santana

20/3/2020, 9:37h

Aquela que pode ser considerada a primeira imagem fotográfica de Feira de Santana mostra uma cena da antiga feira-livre de Feira de Santana, em algum ano do final do século XIX, em um trecho da cidade não identificado, mas que pode ser o largo onde viriam a ser as praças do Comércio e João Pedreira.

Os tipos humanos que aparecem na foto são os que já caracterizavam a população feirense naquela época, segundo registros de viajantes estrangeiros: uma maioria de negros e mestiços, principalmente mulatos, descendentes diretos dos escravos recentemente libertos pela Lei Áurea, de 1888. É possível ver que muitos usam chapéu de couro, marca característica da civilização sertaneja que Feira de Santana ajudou a construir.

A foto, inédita entre os pesquisadores da história de Feira de Santana, está sendo exibida no Memorial da Feira, portal mantido na internet pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Comunicação Social. Ela faz parte da coleção da Imperatriz Thereza Christina Maria, esposa do Imperador D. Pedro II, que visitaram Feira de Santana no ano de 1859. É pouco provável que a foto tenha sido tirada por algum fotógrafo da comitiva imperial (embora D. Pedro II sempre viajasse acompanhado por fotógrafos), pois não se conhece imagens do Imperador em Feira de Santana. Mas a Imperatriz pode ter adquirido a foto aqui na cidade, para incorporá-la à sua coleção. No site da Biblioteca Nacional, aparece sob o título “Mercado na Feira  St’Anna”, acompanhado pelo resumo: “Negros no mercado de Feira de Santana, na Bahia”, e com a data imprecisa, apenas “18---“.

A foto pode ser encontrada pela internet, no endereço http://acervo.bndigital.bn.br/sophia/index.asp?codigo_sophia=2371 , e foi “garimpada” por Dázio Brasileiro, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana. Ela pode ser vista na seção Fotos da Feira, categoria A feira da Feira, do Memorial da Feira. O postal pode ser acessado na internet no endereço www.memorialdafeira.ba.gov.br.

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